Qua, 25 de janeiro de 2017, 15:07

Em clima descontraído, segundo dia do Simpósio estendeu os debates sobre o cordel
Evento ocorreu no dia 13, na UFS - Campus de Laranjeiras

O segundo dia do XLII Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras, aconteceu no dia 13 de janeiro, no auditório da Universidade Federal de Sergipe – Campus Laranjeiras. O evento iniciou dando sequência e expandindo o debate sobre a cultura do cordel, iniciada no dia anterior, 12.

A primeira mesa de debates, sob a coordenação da Prof. Aglaé D’Ávila Fontes (SE), abordou o tema: “A pesquisa e a produção da literatura de cordel”. Participaram dos debates a pesquisadora Clotilde Tavares (RN) e o cordelista Klévisson Viana (CE).

Clotilde Tavares, que hoje se dedica exclusivamente a atividades voltadas para o meio artístico, falou das pesquisas que ela desenvolve sobre a cultura popular. Falou também do livro “O Verso e o Briefing – A publicidade na literatura de cordel” que foi resultado de uma dessas pesquisas, idealizado a partir de um trabalho acadêmico encomendado pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) de São Paulo. O trabalho que inicialmente seria um seminário foi tão bem sucedido que Clotilde resolveu expandir o tema e transformar em livro.

Klévisson Viana falou sobre a valorização do cordel. “Hoje ele está tendo uma visibilidade como nunca teve em época nenhuma da história. A tendência é procurar melhorar cada vez mais, fazer com que essa literatura seja cada vez mais respeitada”.

|A segunda mesa de debates foi coordenada pelo professor Antônio Amaral (SE), com o tema: “As cantorias e suas modalidades”. Entre os participantes da mesa, importantes nomes da cantoria e do repente da atualidade como Ivanildo Vila Nova (PE), Raulino Silva (PE), Rogério Menezes (PE), Raimundo Caetano (PE), João Miguel (DF) e o convidado Iponax Vila Nova.

Os participantes, em clima descontraído, contaram histórias sobre suas trajetórias artísticas, as dificuldades que enfrentaram, as obras e as parcerias que fizeram no decorrer da carreira. O debate proporcionou uma importante reflexão sobre as particularidades da cantoria e do repente, e da forma como a arte contribui para uma maior valorização da cultura nordestina.

O segundo dia do Simpósio encerrou com apresentações dos violeiros e contou, ainda, com a participação imprevista do grupo folclórico Lambe-sujo. O Mestre Zé Rolinha estava à frente do grupo fazendo um cortejo pela cidade e adentrou no auditório para abrilhantar ainda mais o evento.


Atualizado em: Qui, 09 de fevereiro de 2017, 21:40