Qui, 26 de janeiro de 2017, 17:42

Apresentações de trabalhos acadêmicos aproximam a Ciência do Encontro Cultural
Apresentações orais fizeram parte das atividades do XLII Simpósio Encontro Cultural de Laranjeiras

Há sete anos, o Grupo de pesquisa Sociedade e Cultura, vinculado ao programa de pós-graduação em geografia da UFS, participa do Simpósio Cultural de Laranjeiras. Nessa 42ª edição, o Grupo se integrou ao Secult (Secretaria de Estado da Cultura) na organização do simpósio com o compromisso de resgatar as apresentações de trabalhos. Os trabalhos foram apresentados em seções que ocorreram no dia 13 de janeiro em três salas do campus de Laranjeiras.

Nesse ano os trabalhos foram selecionados nos cinco eixos do XLII Simpósio: Pesquisa e produção de literatura de cordel; Cantoria e suas modalidades; Praticas festiva tradicional e contemporânea; Memórias, espaço e tempos de cultura popular; Gestão, patrimônio e política de cultura.

A comissão científica foi composta por 28 professores e especialistas de diversas instituições como UFS, UFAL, UFOPE, UNISINOS, UNIMONTES, e também, do IEPHA/MG, IPHAN, IBAMA, e do Conselho Estadual de Cultura Secult/SE e SEED/SE, e recebeu 25 trabalhos, tendo sido selecionados 20, oriundos de Sergipe (8), Alagoas (6), Tocantins (2), São Paulo (1), Rio Grande do Sul (1) e Paraguai (2).

A comissão organizadora do grupo de pesquisa sociedade de cultura foi composta pela professora do Departamento de Geografia, Maria Augusta Mundim Vargas – coordenadora geral, e pelos pesquisadores, doutorandos em geografia, Jorgenaldo Calazans dos Santos, Rodrigo Santos Lima e Vanessa Santos Costa.

Apresentações

Vanessa Santos Costa, pesquisadora e mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Sergipe, apresentou uma pesquisa voltada para o festejo cultural laranjeirense, Lambe-sujo e Caboclinhos. “O objetivo principal é mostrar essas manifestações culturais e da ênfase na questão da identidade da cultura e em especial a questão da etnicidade, trabalhando com foguedos, com performance, com movimento, e em especifico com o membro”, explica.

Ela falou sobre a importância desse tipo de evento para a comunidade acadêmica e também para a local, menciona que é preciso dar o devido valor a cultura local, e enaltece laranjeiras como o berço nacional da cultura, e também sobre seu imenso valor para o Estado de Sergipe.

Já as alunas Bianca de Carvalho Martins e Nayara Keicyane Bueno Borges, ambas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), trouxeram sua contribuição baseada em um festejo que ocorre todos os anos no carnaval, o entrudo. Elas contaram que esta “brincadeira” ocorre bem ao amanhecer, quando o primeiro foguete é solto. “As pessoas começam a sair de suas casas com baldes de águas limpas e jogam em si mesma”, relatam.

As pesquisadoras alertaram sobre a proibição do uso de água suja e menciona que esse festejo tem sua origem como uma brincadeira familiar e se popularizou trazendo assim não apenas pessoas da própria cidade, mas, turistas, e familiares que deixaram a cidade e voltam com seus filhos para mostrar onde estão as suas raízes culturais, é uma forma de lembrar o passado e passar suas memórias para os seus descendentes.


Atualizado em: Sex, 27 de janeiro de 2017, 20:57
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