Qui, 25 de maio de 2017, 22:24

UFS realiza I Colóquio Cidades: Coexistências e Interfaces
Em sua primeira edição que acontecerá entre os dias 06 e 09 de junho, o colóquio terá como foco o Centro de Aracaju.

O evento acontecerá entre os dias 06 e 09 de junho em Aracaju, nos espaços do Centro da cidade (Museu da Gente Sergipana, Praça General Valadão e Centro Cultural de Aracaju).

Realizado pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), organizado pelos professores. Maria Cecília Tavares, Cesar Matos e. Márcio da Costa Pereira pertencentes ao grupo de pesquisa Laboratório da Cidade, o evento tem como tópico principal o objeto cidade como tema de reflexão, debate e intervenção prática, buscando promover o diálogo sobre questões urbanas entre diferentes áreas de conhecimento para além da Arquitetura e Urbanismo, sejam acadêmicas ou não acadêmicas.

O Colóquio tem como objetivo ampliar os debates sobre a cidade como espaço complexo e transdisciplinar, e busca reunir pesquisadores, estudantes, profissionais, organizações governamentais, não-governamentais, movimentos e coletivos sociais e demais interessados nas abordagens.

A pretensão dos organizadores é que este evento seja realizado anualmente. Objetivando, assim, a cada edição expandir e diversificar o olhar sobre a cidade e sua interface com diversas áreas de conhecimento, e múltiplas perspectivas.

O evento contará com a prática de atividades tradicionais, como apresentação de conceitos e opiniões em forma de “palestras” e troca de ideias e debates, mas buscando principalmente, a promoção de ações na cidade através de “oficinas” e ”leituras” do espaço urbano.

PROGRAMAÇÃO

06/06/2017 - Auditório Museu da Gente Sergipana

8:30 - Credenciamento

9:00 - Abertura do Colóquio

10:00 - Palestra: Prof. Dr. Marcelo Tramontano IAU – USP

Tecendo a Cidade

14:00 - Mesa redonda: Cidade e Interfaces I

Moderador: Prof. DR. Marcelo Tramontano

Palestrantes: Artistas Urbanos de Aracaju e representante do museu da gente sergipana.

Confirmados: Marcelo Rangel (Instituto Banese), Yuri Alves Vieira (artista plástico), Allan Jonnes de Souza Araujo (poeta), Débora Arruda (poeta).

07/06/2017 - Auditório Museu da Gente Sergipana

10:00 - Palestra Prof. Dr. Rogério Proença – DCS – UFS

Enobrecimento urbano e intolerância social

10:50 - Palestra Prof. Dr. Cesar Henriques Matos e Silva – DAU – UFS

Centro Cultural Aracaju/ Praça General Valadão

14:00 - Saída para Oficinas Erráticas

17:00 - Concentração Praça General Valadão

Rodas de Conversa: A cidade que você imagina

08/06/2017 - Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe

8:00 - A Casa de Sergipe recebe e presenteia

Auditório Museu da Gente Sergipana

10:00 - Palestra Profª Drª Maria Cecília Tavares – DAU - UFS

A cidade do social

10:50 - Palestra Profª Drª Ana Ângela Farias Gomes – DCOS

Mostra de Curtas

Centro Cultural Aracaju/ Praça General Valadão

14:00 - Saída para Oficinas Erráticas

16:30 – Visita ao edifício OAB e grupo Burundanga

17:00 – Concentração Praça General Valadão

Rodas de conversas: A cidade que você imagina

09/06/2017 - Auditório Museu da Gente Sergipana

10:00 - Palestra Prof. Dr. Igor Guatelli (Universidade Mackenzie (a confirmar)

11:00 - Mesa redonda: Cidade e Interfaces II

Moderador: Prof. Dr. Márcio da Costa Pereira – DAU - UFS

Palestrantes: Membros das Instituições Culturais (CIRCUITO

CULTURAL)

Confirmados: Marcelo Rangel (Museu da gente Sergipana) Giuliana Maria (Escola de Artes Valdice Teles), Charlie Rodrigues Fonseca (OAB), Nino Karvan (Funcaju).

Centro Cultural Aracaju/ Praça General Valadão

14:00 - Saída para Oficinas Erráticas

17:00 - Concentração Praça General Valadão

Rodas de Conversa: A cidade que você imagina

19:00 - Sarau da Praça General Valadão

OFICINAS

1. Varal dos desejos (12 vagas)

Marcio da Costa Pereira/ Maria Cecília Tavares

Praça General Valadão

3 lunetas dispostas na Praça General Valadão.

Os transeuntes são convidados a olhar nas lunetas e escolher um ponto do seu campo de visão para expressar desejo para aquele ponto. Pode desenhar ou escrever. Um varal estará disposto próximo às lunetas e os desenhos/depoimentos vão sendo pendurados. Irá ocorrer durante os 3 dias nos diferentes turnos.

Objetivo: Que as pessoas possam se manifestar a respeito de seus desejos e expectativas com relação ao centro da cidade.

2. O espaço construído e a rua (20 vagas)

Cesar Matos

Centro de Aracaju

A oficina pretende estimular a observação da configuração espacial e arquitetônica do centro de Aracaju. O participante receberá aleatoriamente através de um sorteio, a descrição de uma situação urbana genérica (uma configuração espacial e arquitetônica) e deverá, a partir de uma observação cuidadosa e atenta, buscar edificações em um contexto urbano que melhor se adequam esta situação sorteada. Trata-se de apreender formas arquitetônicas e as relações entre edificação e rua, buscando compreender como a forma arquitetônica dialoga, ou não, com o espaço urbano. Obviamente para não existir apenas uma “resposta correta”.

Objetivo: exercitar o olhar atento para formas e configurações arquitetônicas em sua relação com espaço urbano (entorno construído e não-construído).

  1. Ao Caminho das Águas (20 vagas)

Márcia Baltazar

Rua da Frente

A partir do mote ÁGUA trilharemos por um processo de criação cênica passando pela pesquisa e improvisação de ações das águas de nosso corpo, de outros corpos e do rio Sergipe.

Quarta: as águas de nosso corpo.

Quinta: as águas de outros corpos.

Sexta: as águas do rio Sergipe.

O objetivo é, ao final do processo, apresentarmos uma intervenção urbana nas proximidades do rio Sergipe.

  1. Documentário(s): Morar no Centro (20 vagas)

Marcelo Tramontano

Centro de Aracaju

Documentário sobre a realidade dos moradores de rua do centro de

Aracaju, únicos moradores do espaço público. Como eles percebem

a cidade, o espaço público, a sociedade, os demais usuários do centro. Como os demais usuários do centro os percebem. Quais os seus percursos, suas necessidades, seu cotidiano.

OBJETIVOS

Aproximar participantes da realidade dos moradores de rua

Enxergar a área central de um outro ponto de vista

Experimentar o uso de documentário para leitura de dinâmicas urbanas

Produzir uma ação cultural no espaço público

MEIOS

Filmagem de entrevistas na área central da cidade com moradores de rua (diferentes gêneros, idades).

Filmagem de entrevistas na área central da cidade com demais usuários (residentes ou não do centro): comerciantes em lojas, comerciantes ambulantes, consumidores, policiais, seguranças

privados, funcionários públicos, etc..

Consumidores: várias faixas etárias (adolescentes, jovens, adultos, adultos maduros, idosos), várias faixas de renda.

  1. Travessias e errâncias (9 vagas)

Yuri Alves Vieira/ William Santos Souza

Centro de Aracaju

Oficina que propõe experimentação da deriva como método criativo para criação de um mapeamento(cartografias) afetivo no centro de Aracaju. Os registros serão feitos nos cadernos de campo, produzidos dentro da própria oficina pelos participantes.

"penso muito no corpo como um livro, um diário, um mapa."

Primeiro momento: confecção dos cadernos/diários de campo.

Segundo momento: instruções para a travessia explosão de sentidos: sensibilidades corpóreas desviantes

o olhar da pele

a voz da pele

a pele da pele

a cidade na pele

Terceiro momento: troca dos cadernos para segunda travessia experimentação/ vivência do corpo-livro amigo.

Quarto momento: Exposição dos cadernos.

  1. A Casa de Sergipe recebe e presenteia (50 vagas)

Samuel Barros de Medeiros Albuquerque

Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe

Visita guiada pelo presidente ao Instituto Histórico e

Geográfico de Sergipe, e oferta de livros sobre a história, a geografia e a cultura de Sergipe.

  1. Inventar com a Diferença Cinema e Educação (30 vagas)

Ana Ângela Farias Gomes

Lilian Sara Cerqueira

Raul Marx Rabelo

Leonardo Nascimento de Souza

Centro de Aracaju

A oficina visa apresentar os dispositivos organizados pelo projeto "Inventar com a diferença" da Universidade Federal Fluminense (UFF). A ideia não é oferecer um espaço para aprendizagem da linguagem e técnica audiovisual, mas sim apresentar saberes e práticas para levar o cinema e os direitos humanos para a educação, mesmo para aqueles que não tenham qualquer experiência com o audiovisual.

Os dispositivos são exercícios, jogos e desafios com o cinema, propondo que os estudantes possam lidar com a linguagem audiovisual ao mesmo tempo em que propõe momentos de austeridade, protagonismo e identidade através de atividades com equipamentos de filmagem e captação de som para produzir imagens e áudios da sua escola e da sua comunidade.

Parceria Cine Mais UFS

  1. Deriva Urbana: Andanças e Percepções (20 vagas)

Heitor Gabriel de Morais Santos

Centro de Aracaju

A proposta da “oficina” tem como objetivo a exploração e vivência da cidade enquanto espaço presente através de uma deriva coletiva pelo Centro de Aracaju. Caminhar à deriva é simplesmente o ato de andar sem rumo, perambular, se perder, ir contra a concepção sistemática racionalista da cidade, que se torna um espaço a ser decifrado e descoberto pela experiência direta.

Espera-se que a prática proporcione percepções aprofundadas sobre a dinâmica do ambiente urbano, e uma experiência leve do “caminhar por caminhar” consciente por uma região de apressados, trazendo reflexões sobre a realidade viva do que acontece aqui e agora, onde todo cidadão é agente construtor do espaço pelo simples fato de estar e interagir, e ainda, descobrindo e vivenciando os vazios e áreas banais do bairro.

Ao final, o grupo se encontra novamente na Praça General Valadão para debate e troca de percepções, levantando possibilidades de ações a serem realizadas posteriormente ou durante o Colóquio, a depender do encaminhamento da prática.


Atualizado em: Qui, 25 de maio de 2017, 22:28
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