Qui, 26 de abril de 2018, 14:55

XLII Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras
O evento ocorreu entre os dias 4 e 6 de Janeiro

A 43° edição do Simpósio Cultural de Laranjeiras aconteceu entre os dias 4 e 6 de Janeiro e teve como tema “Nosso palco é a rua”. O evento dedicado especialmente aos artistas de rua preza por preservar a cultura popular do Estado, respeitando as manifestações artísticas, entre elas, teatro, música e dança.

O simpósio é promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Buscando promover debates e reflexões para além do campo acadêmico, o evento reuniu pesquisadores e agentes culturais que trouxeram discussões históricas sobre as questões culturais, além de debates a respeito de possíveis políticas públicas a respeito do tema proposto.

O segundo dia começou com a mesa “Nosso palco é a rua: Tradição e contemporaneidade nas festas de rua” com Angelo Perret Serpa – Prof. Dr. Da UFBA e Alexandra Dumas – Profa. Dra. do Departamento de Teatro da UFS onde foram discutidos temas como “A diversidade do palco e da rua”, as manifestações populares: fontes para a construção de novas abordagens nas artes com Lindolfo Amaral – Membro do Imbuaça e do Conselho Estadual de Cultura. “Nosso palco é o canavial”: Projeto Teatro na Usina com performances folkcomunicacionais com Severino Lucena – Professor do Programa de Pós-Graduação no Posmex na Universidade Federal Rural de Pernambuco e Italo Romany – mestrando do programa de pós-graduação do Posmex na Universidade Rural de Pernambuco e Suely Maux- Pesquisadora e professora da UFPB. “Encontro Nordestino de Cultura: multiplicidade de linguagens” com Neu Fontes/SE e Tiara Câmera/SE. “Mestre Satu e o enterro do boi” com Aglaé d’Ávila/SE.

Suely Maux, pesquisadora e professorada UFPB participou da mesa “A Diversidade do Palco e da Rua” e falou sobre os seus interesses pelas diversidades contemporâneas e que trabalha o tema desde que começou a estudar a imprensa feminina e percebeu que a diversidade se encontra nas pequenas coisas passando no cotidiano. Mencionou também a intolerância religiosa e explica que isso acontece por divergência e dificuldade de entender e respeitar o que o outro acredita. Diante disso fala que o motivo de existir intolerância é a falta de compreensão sobre existir outras formas de viver a religião.

“A sua verdade é única e absoluta fazendo acreditar que só existe um Deus e que ele é masculino” diz Suely.

Finaliza falando da importância da conservação dos materiais antigos, justificando que esses materiais são uma gênese do que temos hoje, dando como exemplo o computador, o celular, o telegrafo e demais objetos antigos que foram expostos na palestra. Por fim menciona que “as coisas avançam, mas elas continuam bebendo da fonte anterior”, ou seja, que a tecnologia vai continuar avançando, mas sempre centrada na sua gênese, dependendo da história.


Atualizado em: Sex, 27 de abril de 2018, 11:36
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