O fórum aconteceu na tarde do dia 22 de novembro e teve como objetivo questionar as causas da poluição do rio Cotinguiba, a crise hídrica e suas possíveis soluções. O evento contou com a presença da Pró- Reitora de Extensão Alaíde Hermínia, a Engenheira Civil Daniela Rocha, o Engenheiro Químico José Jailton Marques, Ruiter Alves Secretário do Meio Ambiente, Sandra Sena Secretária de Pesca e Igualdade Racial e Sobó dos pescadores Presidente da Colônia de Pescadores e alguns pescadores locais.

Sobó dos pescadores falou da preocupação com o rio e as famílias que tiram seu sustento dele, são mais de 700 famílias beneficiadas com a pesca e que os pescadores estão prestes a perder esse benefício por conta da poluição, informa também que os principais culpados pela poluição são as fábricas e a população sem conscientização continuando a jogar diversos tipos de lixo no rio. O mesmo informou que está com um projeto, pretendendo executá-lo no inicio de 2018, onde que visa conscientizar as crianças nas salas de aulas para que elas se preocupem mais com o rio, pois o rio está morrendo a cada dia. Ele lembra com tristeza, “Antes utilizávamos a água do rio para diversos afazeres domésticos, pois na época não tínhamos água encanada, a água era limpa e cristalina, com o corte dos manguezais e o despejo de esgotos e dejetos das fábricas, o rio foi se tornando impróprio para uso humano, estou à disposição de todos em apoio ao rio Cotinguiba, pois não podemos deixar esse rio morrer”.

Ruiter Alves Secretário de Meio ambiente informou que está tomando as devidas providências, entre elas o plano de saneamento básico que tem como previsão de entrega dezembro de 2018, além disso, pretende executar projetos nas escolas municipais, como oficinas de reciclagem e gastronomia alternativa.

Sandra Sena Secretária de Pesca e Igualdade Racial ressalta, “Precisa ter uma cobrança freqüente nas fábricas, formando um grupo com a sociedade, município e universidade em uma ação para melhorar a vida do rio Cotinguiba, é difícil resolver o problema sozinho toda a população também tem que se conscientizar”.

Os representantes ficaram de estabelecer algo concreto, como um plano de manejo e recuperação do rio, com o apoio da população e educação ambiental para poder ter um rio saudável de volta. Representantes das fábricas instaladas no munícipio foram convidados, mas não se fizeram presentes, vários questionamentos foram feitos sobre a poluição do ar e de lençóis freáticos gerados pelas fábricas de cimento e do material despejado pela fábrica de açúcar no rio porém sem a presença de representantes das fábricas, as respostas ficaram inconclusivas.

A estudante do 6º período de arquitetura e uma das organizadoras da SEMAC Jeysa Raiana contou um pouco sobre as oficinas desenvolvidas em apoio ao rio, “Fizemos um passeio pelo rio que teve o apoio do Sobó e alguns pescadores locais, onde foi feita aretirada de lixos do rio em seguida expondo eles no calçadão do centro de Laranjeiras e uma aula de reciclagem com alguns alunos de escolas municipais”.

Essa exposição foi pensada pela professora de teatro Márcia Baltazar juntamente com os organizadores da SEMAC, e teve como objetivo impactar a população, onde foi feita uma reflexão de como seria se o rio fosse à rua, visando melhorar esse tipo de coisa a partir deste impacto.

Aoficina de reciclagemteve a participação de alguns alunos do 4º e 5º ano das escolas Maria Virgínia Leite Franco e Alcino Manoel Prudente, e o intuito foi ensinar as crianças sobre a reciclagem, como por exemplo, a fabricação de brinquedos utilizando garrafas pets dentre outras coisas.

Para a professora Valdeci Gonçalves da escola Maria Virgínia Leite franco a iniciativa dos estudantes da UFS em levar os alunos do ensino fundamental para reciclar, com o propósito de conscientizá-los sobre a preservação do meio ambiente é de extrema importância, pois o meio ambiente não é só nos livros que eles lêem e sim tudo o que eles vivenciam no dia-dia.

O fórum teve como encerramento a linda apresentação da Orquestra UFS, que encantou todos os presentes.