Sex, 04 de maio de 2018, 14:43

Mesas de debates encerram a Semana acadêmica de Arqueologia
Último dia da SEMARQ trouxe discursão sobre ideologia de gênero e uma palestra sobre diásporas africanas

A abertura do último dia de apresentações da IV Semana Acadêmica de Arqueologia (SEMARQ) da UFS teve como tema “Múltiplos Olhares” iniciou-se com a exibição de depoimentos sobre a ideologia de gênero que engloba problemáticas que vão desde a discussão dos preconceitos até as estatísticas mais alarmantes.

O vídeo continha a participação de alunos da própria universidade que relatavam os preconceitos que já haviam sofrido, inclusive dentro do campus universitário. Na mostra a professora Maria Luísa Andrade, na época do curso de Teatro, contou sobre as dificuldades que enfrentou no seu processo de transição, e na falta de apoio da própria família. “às vezes é sufocante lutar para existir”.

Em seguida, deu-se início a mesa de debates que apresentou o tema “Discutindo Gênero” que contou com a presença da Professora Dr. Daniela Magalhães Klokler do Departamento de Arqueologia – DARQ, Maria Luísa Andrade do curso de Teatro e Lucas Oliveira do curso de Arqueologia.

Em seus apontamentos, Daniela problematizou a questão da ausência de representatividade feminina no curso de Arqueologia, e na falta de disciplinas que incitem a discussão de gênero nas salas de aula. O arqueólogo Lucas Oliveira formado no Campuslar apresentou os resultados do seu trabalho de conclusão de curso (TCC) onde defendeu questões de gênero, já a professora de Teatro, Maria Luísa, relatou experiências vividas no seu cotidiano, fora e dentro da universidade.

A segunda mesa teve como tema “Diáspora Africana” com a participação do professor Fernando Aguiar do Departamento de Museologia que conduziu a palestra trazendo um diálogo transdisciplinar que situou a importância dos estudos da diáspora principalmente para formação do arqueólogo, para tanto, foi discutido o seu conceito, além disso, salientou sobre a importância dos trabalhos arqueológicos que tentam romper com o silêncio na tentativa de reconstruir a dignidade dos povos a terem direito a uma história.

O professor argumentou sobre que a história da África sempre foi negligenciada não só na sua história ocidental e mundial. “ No Brasil ela é urgente e emergente, porque a história desses lugares de memoria, dessa diáspora é possível para que as pessoas possam entender que o Brasil possui uma dívida histórica e moral com os africanos e seus descendentes”, disse ele.

A cerimônia de encerramento ocorreu na tarde do mesmo dia com uma confraternização que foi chamada de “estreitando laços”.


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